Pouco mais de um ano atrás, eu publiquei aqui sobre o segundo single do Keyakizaka46 - "Sekai ni wa Ai Shika Nai". Ele tinha a complicada missão, de ser o sucessor do bem sucedido "Silent Majority", que eu considero um dos singles de estreia mais sólidos já lançados por qualquer um dos grupos.
Como comentei no post anterior, a música título de Sekai demorou um bom tempo pra crescer no meu gosto - mas hoje considero ela uma das minhas favoritas do grupo. O single como um todo, em geral, não é superior a "Silent Majority", mas é um bom trabalho musical.
Talvez, então, o single seguinte tivesse então um trabalho mais fácil - mas algumas sombras da expectativa ainda rondavam o grupo.
Principalmente: qual era de fato a imagem do grupo?
Hoje, retroativamente, algumas pessoas podem pensar que a imagem do grupo sempre foi aquela com a qual ele terminou. As músicas que sempre falavam dos adultos, dos uniformes com viés militar, de uma certa rebeldia, de dramas da adolescência e de temas soturnos.
Quando olhamos um pouco mais fundo nos dois primeiros singles, vemos que eles são um pouco mais que isso. As músicas título "Silent Majority" e "Sekai ni wa Ai Shika Nai" abordam o tema "adultos" e "sociedade", mas ambas de formas bem diferentes. Isso também é verdade para o restante das músicas dos respectivos singles. O Keyakizaka46 fez um esforço frequentemente consciente para não se tornar um grupo de um só truque.
A forma com que isso foi feito foi criando uma dissonância entre a imagem pública e a imagem que os fãs que acompanharam o grupo tinham da mesma criação. Não é o dia de falar dele ainda, mas é bem provável que quem acompanhou o grupo somente através das aparições públicas (E.g. Kouhaku, Programas musicais, etc) tenha uma imagem muito próxima das apresentadas nas faixas título de Fukyouwaon e Silent Majority.
Talvez para quem não teve a experiência de consumir diretamente, ouvir o single de "Silent Majority" talvez seja uma certa surpresa. Há um pouco de tudo. No single seguinte, novamente, um pouco de tudo, e uma visão diferente sobre as mesmas coisas.
Por isso, o terceiro single "Futari Saison" é o meio do caminho do Keyakizaka46 que ainda experimentava com sua imagem pública, mas que não é nenhum pouco distante do Keyaki que os fãs já conheciam desde Silent Majority.
"Futari Saison" é acima de qualquer coisa uma música de amor. Mais do que qualquer outra, ela é uma música que utiliza da analogia entre as mudanças que acontecem no amor, com as mudanças de estações. É uma escolha bem interessante, porque Saison é bastante poética na sua letra, mas ainda assim aborda temas recorrentes nas músicas do Keyakizaka46.
Pessoalmente falando, dentre todas as A-Sides, Futari Saison é talvez a que eu escuto com menos frequência. Isso não significa que eu não goste dela - na verdade, esse período de "Futari Saison", e aqui eu me refiro ao período com um todo, é um dos que eu mais tenho lembranças positivas sobre o grupo.
Por isso, olhando em retrospecto, eu gosto que "Futari Saison" tenha sido uma música sobre amor. Talvez a melhor parte disso, é que o ritmo e a letra da música falam da mesma coisa, com um certo lirismo e ingenuidade, ou quase isso.
Como mencionamos anteriormente, a música ainda mantém vários temas comuns ao Keyakizaka46. Por exemplo:
"Um metro ao redor de mim, eu criei uma barreira
Invisível para outro mundo
E ainda assim, você me tirou de lá"
Criar barreiras é algo que como adolescentes fazemos com bastante frequência, e esse tipo de isolamento aparece em outras músicas. Mesmo assim, a música não trata isso como algo positivo, na verdade, ela incentiva bastante que não seja assim - a música é sobre a promessa de encontrar alguém que seja capaz de romper essa barreira. Podemos ver isso nos versos:
"Era complicado falar com os outros
Então eu olhava para baixo e fingia não escutar
Até você tirar os meus fones
[...]
Quando o sol voltar, você certamente encontrará alguém especial
É um desperdicio não perceber
Não rejeite o amor"
A música então passa a usar as estações como uma analogia para as mudanças que acontecem no amor. A mudanças no amor são então tão naturais quanto as mudanças das estações do ano. Isso inclui o fim e o renascimento de cada uma delas.
É bem bonito.
Acho que o trabalho é muito bem feito na combinação feita no MV também. Acho que ele não é tão bonito quanto o de "Sekai ni wa Ai Shika Nai", mas a mudança das estações é bem legal. Talvez a parte mais legal seja de fato a coreografia e como ela é incorporada. Acredito que seja uma das coreografias mais bonitas do Keyakizaka46 no geral.
Claro que as coreografias mais energéticas chamam mais atenção, mas essa é, talvez... mais graciosa? Ela tem uma simplicidade própria, mas é bem bonita.
Novidade para ninguém, mas a Techi á center desse (e de todos os outros) single. Ela tem um solo legal na coreografia, e devido as ausências dela em concertos e apresentações por motivos diversos, alguns membros fizeram esse papel algumas vezes. Mais notavelmente, há um momento bem legal com a Koike mostrado no documentário do grupo (Bokutachi no Uso to Shinjitsu).
Apesar disso, surpreendentemente, vocalmente a Techi não tem muitas partes nessa música. Boa parte das contribuições vocais dela nessa música são compartilhadas com a Koike e a Harada Aoi. Talvez em quantidade quem tenha mais partes (compartilhadas) seja a Imaizumi, que funcionava como uma espécie de lead-singer aquela altura, mesmo que indiretamente.
É até bem visível que dentro da música o grupo é dividido cinco sub-grupos vocais. Os mais presentes são: Hirate, Koike e Harada / Suzumoto, Fuyuka, Sato e Akane / Risa, Rika e Neru / Imaizumi, Kobayashi, Sugai e Shida. As restantes (Nanako, Oda, Nijika, Yonetani, Ozeki e Habu) formam um coro em certos pontos da música, geralmente na entrada do refrão.
Esses quatro primeiros sub-grupos tem um tempo, eu diria, bem dividido dentro da música, na medida do possível.
Sobre o MV mais especificamente:
Como comentei anteriormente, ele é bonito visualmente. Bem gracioso. Em alguns momentos em especial, eles usam muito bem a iluminação natural, e tem vários takes feitos de forma bem bonita com a iluminação do sol (que é referenciado na música).
Isso também faz com que esse seja o MV com mais lens flare na história. A gente já tinha visto isso bastante no MV de "Kataru Nara Mirai wo". Eu até fui checar se era o mesmo diretor, mas não é o caso - na verdade, o diretor de KataruNara é o diretor do MV da próxima música do single.
Ah claro, os uniformes. Esse também é o uniforme que foi usado durante os variety shows e a maioria das aparições do grupo durante esse período. Eu pessoalmente acho esse uniforme bem bonito, e gosto principalmente dessa tonalidade (que eu chamo de vinho, sei lá qual o nome certo dessa cor ai).
Neru aumentando o grau olhando para o sol
Sugai e Cida, depois de um certo flerte, apontando para o pobre fã
Futari Saison tem performances ao vivo bem bonitas também. Deste período, talvez a mais marcante seja a da primeira live de aniversário. Aquela com uma árvore (Keyaki) e um "Happy Birthday" todo desalinhado ao fundo. Essa performance sofre um pouquinho pelo uso dos microfones de mão - boa parte da coreografia tem passos de balé, o que inclui o uso das mãos também - e por isso eles parecem frequentemente um pouco incompletos.
Acho que ela está mais pra positiva, certamente. Ela tem várias outras performances de TV muito boas também - mas acho que algumas das melhores performances estão mesmo nos Keyaki Republic.
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2. OTONA WA SHINJITE KURENAI
"Futari Saison" é bonita, leve e fala sobre os ares da mudança. Também é sobre como você precisa aprender a lidar com essas mudanças. "Otona wa Shinjite Kurenai" por outro lado, é uma música depressiva, desesperançosa e sobre autodestruição.
A música começa em um tom bem soturno, quase uma marcha sombria, e eventualmente se torna uma música de rock. É uma boa escolha, porque a letra embora bastante depressiva e negativa, é quase sempre colocada como um grito de socorro - um tipo de coisa que o rock consegue expressar melhor que a maioria dos gêneros.
A música abre com:
"Não há nada de bom por aqui,
Todos os dias são entediantes
Não há nada que eu queira fazer
Eu não tenho um único sonho"
Acho que os versos que sustentam que a música não é apenas uma expressão de tristeza ou até ódio vem logo em seguida:
"Mesmo que meu coração continue a gritar
Não há ninguém para ouvir
(Salve-me)
[...]
Os adultos não acreditam em mim
Mesmo que eu esteja tão sozinha
Eles não acha que estou me afogando
nas profundezas do desespero
E por que?
Acredite em mim, eu realmente quero morrer, sabia?"
O eu-lírico em diversos momentos se apresenta como alguém que quer ser ouvido. Diria até, possivelmente, alguém que gostaria de ser ajudado - mas na visão da música, os adultos são incapazes de perceber isso. Talvez eles até achem que é um exagero, uma farsa desses jovens que são fracos.
Isso é um tipo de coisa que se repete a cada geração. O exemplo que eu ofereço é o seguinte: imagine alguém bem narcisista, desses que adoram se olhar no espelho e que se preocupam mais com sua aparência do que com qualquer outra coisa. Esse tipo de pessoa, tem tudo para ser bem insuportável para a maioria das pessoas, certo? Eu certamente concordaria que sim. Ainda assim, isso não significa que a dor dele não é real, seja qual for a condição ou origem dessa dor.
Olhar mortal da Imaizumi, uma das principais vozes do single inteiro
Esse é um exemplo exagerado do eterno desentendimento de jovens e adultos. Muitas das dores dos adolescentes parecem frívolas, vazias, pequenas... mas não são menos reais ou doloridas por causa disso.
Essa música e esse trecho, talvez sejam um dos mais pesados do Keyaki como um todo. Existem outros que considero mais elaborados, talvez até mais desesperançosos, mas eles são menos diretos. Claro, nenhum outro vai ter frases como "I really I wanna die, don't you know?" - mas isso é quase um detalhe a essa altura.
A música não cita nominalmente suicídio, mas há várias menções a "se machucar" em vários trechos da letra. Poderia ser, claro, se machucar no sentido mais literal e menos letal da palavra, mas "deixar de existir" também é algo que aparece em vários momentos.
Musicalmente, os mesmos sub-grupos vocais de "Futari Saison" também reaparecem aqui, com algumas mudanças mínimas. A mudança dentro desses sub-grupos é que algumas vozes são mais notáveis que outras, no sentido de ser possível ouvir a predominância de alguns membros nos vocais.
As vozes da Neru, Techi e Imaizumi são possivelmente as mais notáveis, e surpreendentemente eu consigo escutar bem a Sato Shiori em alguns momentos também, embora algumas sejam difíceis de distinguir devido ao tipo de sonoridade da música. Algumas vozes tem distorção, então não é muito fácil identificar todo mundo o tempo todo.
O MV tem como cenário um (aparente) pátio ferroviário. Como comentei anteriormente, esse MV tem como diretor a mesma pessoa que dirigiu o MV de "Kataru Nara Mirai wo" do segundo single. Por isso, eles tem algumas similaridades na fotografia, edição e composição das cenas.
A coreografia é bem legal, embora nesse caso eu realmente ache que as versões ao vivo tem uma energia melhor que a do videoclipe. Talvez em linhas gerais, esse seja um dos videoclipes menos chamativos desse período do grupo, embora a ambientação seja legal. A cena inicial com o trem atrás da Techi por exemplo, é visualmente bem bonita, e talvez uma das poucas que passam o tom soturno da música, assim como as cenas finais.
Por isso, acho que a melhor versão que eu lembre dessa música é a performada no "Live Online but with YOU!". Sim, aquela mesma onde a gente soube do fim do grupo e o vindouro rebranding. Dia pra esquecer, mas aquela Live tem algumas performances muito boas.
Uniformes de "Otona wa Shinjite Kurenai" e de "Kataru Nara Mirai wo", respectivamente.
Aproveitando para falar do uniforme, ele lembra o uniforme de "Kataru Nara Mirai wo", já mencionado anteriormente. E bem, se eu acho o de Kataru bonito, não seria esse que eu iria achar feio. Sendo bem sincero, na minha memória eles eram até mais parecidos, mas fui desmentido revendo as coisas para escrever o texto. Acho que a semelhança é muito mais na escolha do tom, da combinação de meias-sapato, além de obviamente ambos serem vestidos (mas até ai...todos).
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3. SEIFUKU TO TAIYOU
A terceira música do single, é também a terceira cujo center é de Hirate Yurina.
Reouvindo o material para escrever, eu fiquei incomodado com os primeiros acordes da música. Não pela qualidade. Eles me lembravam alguma música que eu não conseguia lembrar - e bom, depois de muito incomodo eu fiz o que deveria ter feito desde o começo que é checar o compositor da música.
Não por coincidência, ela é composta por Aoba Hiroki. Esse tipo de introdução é bem típica das músicas dele - as mais famosas sendo "365 Nichi no Kamihikouki" do AKB48, "Kurayami" do STU48 e "BAN" do Sakurazaka46. Obviamente ela é feita de formas diferentes em todas elas, mas dá pra notar a similaridade entre todas elas.
Independente disso, a música:
A música trata das escolhas do fim da adolescência, especificamente aquelas associadas com o começo da vida adulta, fim da idade escolar. Essa letra tem uma das minhas passagens favoritas desse single:
"Na sala de sempre, com meus pais e professores
Tendo uma conversa opressiva sobre meu futuro
Você vai para o colégio?
Não tem nada que você queira fazer?
Você espera que eu decida tudo isso agora?"
É interessante saber que essa é uma experiência bem universal. Aqui no Brasil (o blog é majoritariamente em português, suponho que quase todos sejam daqui) esse tipo de reunião para falar do futuro não é muito comum, ou pelo menos não eram até bem recentemente. Apesar disso, esse momento de escolha também chega ao fim do período escolar, de uma forma ou de outra.
Claro, é de certa forma normal que todos esperem que nós comecemos a contribuir para a sociedade após terminar a escola, mas a maneiro como isso é feita é um tanto bizarra. Sempre me incomodou muito que jovens que ainda tem de pedir autorização para ir ao banheiro tenham de decidir o resto das suas vidas assim, em um período tão curto. Sempre me incomodou mais ainda que aparentemente quase ninguém vê isso como estranho. Por isso, eu gosto dessa passagem, uma experiência aparentemente universal.
A letra expressa essa frustração, mas em geral ela tenta encontrar um lado positivo. Como se tudo fosse dar certo no final das contas:
"Meus sonhos para o futuro, tenho certeza
Eles virão até mim um dia
Mesmo que ninguém me diga como viver
O destino irá decidir para mim"
Graduação Watanabe Risa (2022)
Essa música é bem legal nas performances ao vivo e era presença quase certa em quase todas elas. Até por isso, ela ganhou um significado bem especial com os fãs durante o período do Keyakizaka46.
Talvez uma das mais bonitas sejam a da graduação da Watanabe Risa, já nos tempos de Sakurazaka46, quando as músicas do Keyakizaka46 não eram mais performadas. Por isso, como exceção pela graduação dela, as membros restantes da primeira geração, se juntaram para cantar em tom de despedida sentadas nas escadas do palco - eventualmente tivemos o brinde de outras músicas do Keyaki.
Na foto acima, o topo da escada é formado por Aoi Harada e Koike Minami, não por coincidência, mas porque elas formavam com a Techi o tripé base do vocal da música.
Isso claro, com um PowerPoint super piegas ao fundo, como não poderia deixar de ser em uma graduação. É disso que o povo gosta.
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4. DARE YORI MO TAKAKU TOBE
Já falei anteriormente que minha preferência era totalmente voltada para o Kanji Keyakizaka na época, mas essa música do Hiragana Keyakizaka46 é especialmente muito boa.
Ela tem uma energia bem diferente das músicas do Kanji Keyakizaka46, e é uma boa base do ritmo pelo qual o Hiragana ficaria conhecido depois, tanto no álbum delas como Hiragana Keyaki, como posteriormente como Hinatazaka46. Digo diferente mesmo se comparado com as músicas animadas do Kanji.
Por um lado, acho que eles foram até mais assertivos desde o começo do tipo de música e imagem que eles queriam passar com o Hiragana Keyakizaka46. Se no Kanji ainda houve uma certa experimentação e um certo cuidado de não afunilar demais as possibilidades, com o Hiragana o caminho aparentemente sempre foi aquele. Isso claro, não tem nada ver com a forma como o Hiragana foi tratado na prática durante aquele período.
Papers Please
A música tem como centers Nagahama Neru e Kakizaki Memi, as duas mais populares do grupo naquele início.
A letra da música também é bem direta, é sobre seguir em frente sempre. O título da música, que pode ser traduzido como "Mais alto que todos, pule!" é um belo resumo da mensagem da música se você souber o contexto.
"Dificuldades e obstáculos,
Daqui em diante, você não pode evitá-los
Ao invés de dar as costas
Vamos atravessá-los de frente!
[...]
"Regras velhas são só correntes
Você se sente bem sendo domado?
Não abaixe sua cabeça!"
Além de seguir em frente, a música fala de reconhecer os problemas e enfrentá-los. É uma mensagem bem positiva no fim das contas.
O videoclipe também é bem legal, e como sempre são as coreografias do Hiragana/Hinata, são bem chicletes. Eu sempre tenho a impressão que qualquer uma delas poderia viralizar e virar uma trend na internet. A coreografia é cheia de energia, e clipe mostra as meninas em vários cenários e situações diferentes.
Tem até a Mirei batendo uma bola com a Kageyama.
(Esse print fez o domínio da Mirei parecer melhor do que ele realmente foi)
Ele passa bem toda a energia positiva da música, e a coreografia também não fica nenhum um pouco atrás. Na verdade, hoje eu sinto que eu queria ter dado mais atenção para essa música na época, embora eu goste mais desse estilo hoje do que eu gostava anos atrás.
(Escrevendo esse texto, talvez essa tenha sido a música que eu mais ouvi e o clipe que mais deixei rolando no segundo monitor).
Também gosto que olhando a fundo, o MV é todo bem simples. Locais bem comuns e nenhuma roupa super elaborada - mas tudo funciona, é bem impressionante. Coreografia e carisma puros. Isso tem um valor importante.
A Meimei fica bem bonita de cabelo comprido, né?
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5. BOKUTACHI NO SENSOU
Ah sim, aquela música com a coreografia que começa com os membros batendo cabeça completamente perdidas. Bom, certamente essa não é a primeira música do Keyakizaka46 que você mostra para ninguém - porque ela é, bem, um pouco estranha.
Musicalmente falando, ela é de longe a que eu menos gosto no álbum. Eu até gosto da estranheza do MV dessa música, embora ele não seja o suficiente para salvar o meu gosto por ela.
Mas vamos lá... vamos tentar.
Essa música talvez seja uma das mais longas do Keyakizaka46 em termos de tamanho da letra. Ela tem poucas repetições, e não tem bem um refrão. Por isso, ela é bem extensa. Também, se ninguém te falar, talvez você nunca adivinhe que essa é uma música sobre alguém que foi rejeitado, não pela pessoa amada, mas pelo pai dessa pessoa.
E em seguida, o eu-lírico tem um acesso de ódio:
"Quando eu ouvi que seu pai era contra nós ficarmos juntos
Eu joguei a garra perto de mim na parede
A tampa saiu e a espuma vazou pra todo lado sem parar
Brincadeiras a parte, o restante da letra é sobre como corrigir essa besteira, e como não machucar a pessoa que ela gosta no processo.
Sendo bem honesto, eu não gosto muito da letra dessa música também. E a música eu acho bem abaixo das outras.
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6. YUUHI 1/3
Voltando a programação normal, para a música de fechamento do single, eles reuniram as mais populares e os melhores vocais do grupo: Nagahama Neru, Kobayashi Yui, Imaizumi Yui e Hirate Yurina. TechiNeru e as Yuichans.
Tecnicamente, esse é um W-Center entre Neru e Techi, mas na prática a música não é muito estruturada dessa forma. Isso porque claramente o vocal das Yuichans se sobrepõe frequentemente nas partes onde elas cantam juntas, enquanto no restante da música ela é bem dividida.
Essa música é muito bonita, e eu adoro os vocais. Pensando bem, talvez esse single seja a melhor performance da Imaizumi no geral - acho que em nenhum outro ela conseguiu mostrar tão bem os vocais em tantos momentos quanto nesse. E bem, a Kobayashi não fica muito atrás como escudeira dela.
A letra dessa música também é bem bonita, embora seja mais conceitual do que tenha de fato uma história. Por exemplo:
"Me pergunto porque minhas lágrimas caem,
O momento em que o céu foi pintado de carmesim
Era o monólogo do dia que nós chamamos de hoje"
Esse trecho é bem bonito, porque o fim do dia é, de fato, um monólogo do dia que tivemos. Não literalmente claro, mas ninguém pensa sobre como foi o dia as 14:35 da tarde (há exceções, obviamente, dependendo da sua rotina). Isso também se conecta bem com o verso seguinte:
"Quaisquer tristezas ou felicidade que sentimos, tudo isso
Aos pouquinhos, desaparece na escuridão"
Ao fim de cada dia, tudo aquilo que nós vivemos fica para trás. Geralmente, isso é algo que nós vemos de forma positiva - ainda bem, significa que amanhã podemos tentar de novo. A música trás uma faceta pouco pensada, que é a de que as felicidades também ficam para trás, e que se queremos sentir aquilo de novo, teremos de ir atrás novamente.
Por isso, eu acho essa música bem bonita, e tem outros trechos bem legais. Isso claro, seria irrelevante se o resto não funcionasse - na verdade, o ritmo e os vocais são a minha parte favorita. Como comentei antes, a Imaizumi tem uma das suas melhores performances aqui, e acho que escolha dos membros dessa unit foi bem certeira.
Essa música tem uma ótima performance no concerto do primeiro aniversário do grupo, e é certamente a versão que eu recomendo dela. Ela é bem simples, toda cantada em cima desses carrinhos que percorrem o estádio - e bem, só funciona. Vejam lá.
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CAPAS
Type-A, Type-B, Type-C e Regular Edition
As capas são todas bem bonitas. Acho que essa capa se distancia bastante do estilo de capa Nogizaka46 que o single anterior havia adotado, e volta para algo mais próprio.
Pessoalmente, eu gosto bastante da Type-B, com esse estilo balé que está presenta na coreografia da faixa título. Além disso, tem ainda o uniforme que eu considero bem bonito. A Techi ganha uma capa solo, com o Type-A, o que desagrada algumas pessoas, mas fazia mais sentido quando eles ainda estavam tentando estabelecer alguém como a cara do grupo. A Regular Edition é a que eu tenho em casa, é a versão que vem realmente só o CD e o encarte.
Além dessas capas, há ainda a versão que é usada nos streamings (chama da "Complete Edition") que é apenas uma foto do grupo todo. Nada para mais, nada para menos.
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CONCERTOS
Existem dois concertos nessa "era" do grupo. Um eles é o "Keyakizaka46 One Man Live" e o outro é o "Keyakizaka46 1st Anniversary Live", que eu fiz várias referências ao longo do post.
O ponto é que tecnicamente a live de aniversário, foi feita um dia após o lançamento de "Fukyouwaon", que não por coincidência é a primeira vez que as músicas do single foram performadas ao vivo. Por isso, vou falar sobre ela quando tiver que falar de "Fukyowaon", seja lá quando for isso.
O grupo também participou do "Tokyo Idol Festival" de 2017, mas isso é pós-Fukyouwaon também.
(Meu deus, quanta coisa eu vou ter que ver pro próximo)
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KEYAKIZAKA46 ONE MAN LIVE
Divulgação: Tokyo Pop Line
Esse concerto foi realizado no Ariake Coliseum, em Tóquio. O dia final de apresentações (dois ao todo) foi na noite de Natal de 2016. Sim, botaram as meninas pra trabalhar e não deixaram elas comerem bolo superfaturado.
A live é realmente boa. As performances são bem sólidas, mas isso já não era muita novidade aquela altura. O que tem também de tradição é a Sugai chorando ao agradecer os fãs, e bastante choro na hora das conversas.
Um dos pontos mais lembrados dessa live é que é a primeira vez que ouvimos o "W-Keyakizaka no Uta", a música que encerra os shows do grupo, em conjunto com as meninas do Hiragana Keyakizaka46. A música conta a história do grupo até aquele ponto, de certa forma. Ela foi lançada formalmente no single de "Fukyouwaon", mas aqui é de fato a estreia dela.
Apesar disso, acho que em geral a maioria das músicas apresentadas nessa live tem alguma outra versão ao vivo que é melhor. Nem o palco e nem as performances são super produzidos, e por isso acredito que elas pareçam versões mais simples do que já vimos em outras ocasiões (no passado e futuro).
A exceção talvez seja "Tewo Tsunaide Kaerouka" que é performada com roupas de natal. Tenho pena das meninas por ter de danças com essas roupas, mas fica bem bonito visualmente - e claro, combina com o estilo da música.
As meninas do Hiragana também tem boas aparições durante o concerto, e são algumas das melhores do concerto todo.
Ah sim, durante o concerto a Shida (Cida) fez uma enquete completamente auditável e estatisticamente significante do público dos concertos do Keyakizaka46. Ela pediu para os homens acenderem o penlight verde, e as mulheres o penlight vermelho. Ai está o resultado da enquete da Cida:
67TH KOUHAKU UTA GASSEN
O grupo também fez sua estreia no popular show de fim de ano, o Kouhaku Uta Gassen. Apesar do single vigente ser realmente "Futari Saison" o grupo jogou no seguro com a sua música mais conhecida "Silent Majority".
Esse uniforme usado nessa performance é um dos que eu acho mais bonitos. Ele é super detalhado e principalmente, um pouco exagerado - coisa que não vemos muito nos figurinos do Keyaki, então é legal que seja diferente uma vez ou outra.
A performance, que você pode conferir no YouTube é encurtada, como é de praxe no Kohaku. Ainda assim é muito boa - e dá um certo orgulho ver elas entregando uma performance sem falhas. O tempo as vezes deixa as lembranças embaralhadas, mas naquele momento o Keyakizaka46 tinha sua primeira participação no Kouhaku, enquanto o Nogizaka46 tinha só a sua segunda - nem mesmo elas não eram tão estabelecidos quanto o tempo faz parecer que eram.
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RANKING DO SINGLE
Para falar bem a verdade, revisitando "Futari Saison", ele é realmente melhor do que a minha memória lembrava. Acho que não é o suficiente para no meu conceito ser melhor que os dois anteriores, mas ele é sim um bom single.
Como sempre, lembrando que esse é um ranking pessoal e eu não sou crítico musical de nenhum tipo. Sou só um fã.
CDs ainda desfrutam de certa popularidade, que varia ao longo dos anos, mas vamos tentar entender um pouquinho o lado deles. Por exemplo, eles ainda vendem significantemente bem no Japão, talvez o último mercado do mundo onde eles ainda são uma parte significante das vendas. As razões pelas quais o CD ainda vende são diversas, mas frequentemente a música não é o principal. Muitos eventos de grupos e artistas vêm com tickets, brindes e outras coisa que estimulam a compra - o que vem no CD em si é um pouco secundário. Globalmente, hoje o CD representa cerca de 5% do total de vendas da indústria.
Já fazem 25 anos da estreia de Kare Kano na TV japonesa. Devido a diversas circunstâncias, a produção de Kare Kano acabou cercada por um certo mistério - a falta de clareza sobre diversos acontecimentos deram espaço para o surgimento de boatos e lendas.
Ontem a noite eu pedi para o pessoal do falecido Twitter me enviar algumas coisas para escrever sobre, desde que fossem coisas curtas, como músicas ou videoclipes. O pessoal foi bem gentil, e me mandaram um punhado de coisas para falar sobre - e aqui vou eu tentar falar sobre elas, na medida do possível.
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