Taiyou to Ciscomoon (T&C BOMBER) - Discografia


Durante os primeiros anos do que viria a ser eventualmente chamado de "Hello! Project", houve bastante experimentação, com algumas fórmulas que deram certo e outras que deram errado em medidas diferentes. Hoje vamos visitar uma discografia relativamente curta, que simboliza bastante esse período de experimentação.

Eu estava (ou talvez ainda esteja) escrevendo um post sobre um álbum específico do Morning Musume, e como sempre eu acabei em algum devaneio aleatório sobre um outro tema. Talvez a história do Morning Musume seja uma das mais diferentes e intrigantes dentre os grupos que já conseguiram chegar a esse patamar de popularidade.

É difícil escolher um ponto para começar a contar a história delas - mas talvez o mais correto seja falar de quem é a mente por trás de tudo isso: Tsunku não era exatamente um produtor procurando um jackpot, simplesmente porque ele já desfrutava de um certa popularidade junto ao seu grupo Sharam Q.

Certo, o Sharam Q não desfrutou da mesma popularidade que alguns outros grupos do seu tempo como o X-Japan, mas o grupo tem vendas respeitáveis e até alguns feitos impressionantes comercialmente. 

Além de tudo, talvez a parte mais interessante disso tudo seja que ele e o resto da banda eram músicos verdadeiramente talentosos e criativos. De alguma forma e por algum motivo, essa pessoa decidiu se associar a um girl group - do tipo que tem a fama exatamente oposta em relação a talento e criatividade. Ao menos é o que ouvimos por ai.

Sharam Q

Eu ainda pretendo elaborar mais sobre o Morning Musume no futuro, mas o que eu posso dizer é que muitos lançamentos do Morning Musume eram realmente de qualidade. Eu não digo "bom para um grupo de idol", como muitos adorariam acusar, mas bons de verdade. Musicalmente bons. 

Dá para discutir quando o Tsunku passou a perder um pouco a mão e os atos passaram a soar um pouco menos autênticos, mas inegavelmente houve qualidade musical ali. Por um período relativamente grande, era tudo muito autêntico - tudo verdadeiramente de boa qualidade musical.

Até quando ele fazia música para videogame ("Rhythm Heaven"), dava certo. Era impressionante.

O segundo ponto onde a história poderia começar a ser contada é no programa Asayan, onde o Morning Musume foi formado. O Asayan era um programa de talentos, por onde passaram alguns nomes interessantes, como a dupla que formou o Chemistry, Yumi Matsuzawa (famosa por aqui pelas aberturas de Saint Seiya) e a Ami Suzuki, que foi bem popular até ser boicotada pela Sony no começo dos anos 2000.

O Asayan tinha um formato bem interessante. Lá não eram somente formados vários artistas, mas eles os acompanhavam por um tempo após eles estrearem. Isso produziu algumas matérias clássicas com todos eles, como as gravações de estúdio do Momosu, ou a matéria da Nacchi em Nova Iorque.

Foi lá que foi formado o Morning Musume e toda aquela história que já cansamos de ouvir. Se quer relembrar (ou até conhecer), eu recomendaria o especial de vinte anos do grupo, que você encontra legendado em inglês com certa facilidade.

Outro grupo que foi formado no Asayan foi o Taiyou to Ciscomoon. Eventualmente chamado de "T&C Bomber". Se você perguntar para os membros o motivo da troca de nome elas também não vão saber te responder - e muito menos eu.

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O Asayan teve uma relação bem próxima com o Tsunku nesse período. Além da já supracitada formação do Morning Musume, outros artistas que no fim terminaram fazendo parte do H!P passaram pelo Asayan. Um dos grupos formados no Asayan foi o Taiyou to Ciscomoon.

Ele foi formado por quatro integrantes: Shinoda Miho, Inaba Atsuko, Honda Ruru e Kominato Miwa. 

Frequentemente o Tsunku mandava as meninas para treinar nos Estados Unidos. Bem, talvez seja uma constatação óbvia para alguns, mas o meio-final dos anos noventa talvez tenha sido o período em que a música japonesa foi mais influenciada pela cultura musical americana. Eu comentei um pouco sobre nesse post aqui. Não por coincidência, muitos artistas eram influenciados pelas músicas americanas desse período.

Não é raro ver na lista de influências dos artistas mais populares do meio-final dos anos noventa no Japão artistas como TLC, Aaliyah, Janet Jackson e tantas outras que fizeram parte desse movimento extremamente popular nos Estados Unidos na época. O T&C é mais uma dessas crias, com uma forte influência do R&B americano do período.

A história do T&C é curta, e dura cerca de dois anos ao todo, mas ainda assim é um bom microcosmo daquele momento musical do H!P - e também um grupo de primeiras vezes em alguns sentidos.

É até um pouco tentador dizer que o T&C era um grupo diferente do restante do H!P, e em certos sentidos isso até é verdade, mas essa seria uma simplificação bem grosseira. Isso porque o H!P daquele tempo era bem diferente como um todo, bastante variado e um tanto experimental comparado ao que as pessoas conhecem hoje. O que nós conhecemos hoje e pela última década e meia, é uma versão refinada de todas essas experimentações - o que deu errado foi limado, e o que dava certo comercialmente foi mantido. 

Por isso, voltar a esse período do T&C é revisitar esse período de experimentações - onde é importante deixar claro que boa parte das coisas foram limadas não por serem ruins, mas por não serem comercialmente muito viáveis.

O T&C era um grupo feito de pessoas, digamos, não muito usuais. Já durante a apresentação delas no Asayan, o Tsunku fez questão de apontar o defeito de cada uma delas nas performances. Kominato não dançava bem, a Inaba e a Shinoda eram medíocres cantando, enquanto a Ruru tinha um ritmo ruim. Ele fez questão de mandar elas para vários lugares dos Estados Unidos para que elas aprimorassem as habilidades delas.

Quando citei que os EUA tinham um grande influência não é atoa - mesmo no Morning Musume algo parecido aconteceu com a Abe Natsumi, mesmo APÓS o sucesso de Love Machine em 1999. O Tsunku realmente se importava que as meninas melhorassem as qualidades delas nas performances, e ele costumava ser bem honesto nas críticas dele. Se a Nacchi era a cara do Momosu, fazia sentido que ela tivesse que ser próxima de impecável.

Esse é um bom exemplo de como as coisas mudaram. Por exemplo, em 2021 uma das idols do Momosu, Oda Sakura fez uma postagem sobre como ela se sentia incomodada com a separação entre "idols" e "cantoras". Segundo ela, as vezes parecia que só ser uma garota era necessário. Isso, como era de se esperar, criou uma controvérsia entre os fãs. Talvez a versão que a Sakura idealizava tenha tido um último grande respiro (ao menos no mainstream) com esse período do H!P.

O T&C se quisesse ser um grupo como os americanos do período, precisavam melhorar muito. O resultado apareceu não só no Asayan, mas também no primeiro single do grupo "Tsukito Taiyou", em Abril de 1999. Eu já vou falar do álbum logo adiante, mas que bom single de estreia. Pessoalmente gosto quando os grupos começam mostrando exatamente ao que vieram - o ritmo, o gênero e os vocais são um ótimo preview do que o grupo produziu durante boa parte desses dois anos de existência. 

Pelos próximos quatro meses, o grupo lançou um single por mês - o que resultou no seu primeiro álbum "Taiyou & Ciscomoon 1" em Outubro de 1999.

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TAIYOU & CISCOMOON 1 (27/10/1999)


TRACKLIST:

1. INTRODUCTION | 2. TSUKI TO TAIYOU | 3. GATAMEKIRA | 4. INTERLUDE 1 ~BREATH~ | 5. BE COOL DOWN | 6. HEY YOU! | 7. INTERLUDE 2 ~SOUL TRAIN~ | 8. MAGIC OF LOVE| 9. CHINMOKU (沈黙; SILENCE)| 10. UCHUU DE LA TA TA  | 11. INTERLUDE 3 |  12. SUNRISE | 13. EVERYDAY EVERYWHERE | 14. ENDLESS LOVE ~I LOVE YOU MORE~ | 15. FINALE

O primeiro e mais bem sucedido álbum do grupo foi lançado em outubro de 1999, quase seis meses após o lançamento do primeiro single. Talvez, seja o último lançamento do grupo em águas calmas, como veremos logo após a sessão desse álbum.

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1. INTRODUCTION

A introdução do álbum é bem apropriada para o estilo do álbum. Ela é bem curta, sussurrada, e tem um estilo bem do R&B daquele período. Nenhuma das meninas aparece nessa abertura, ao invés disso quem aparece é o rapper U.M.E.DY., que fez algumas participações em músicas do H!P nesse período - talvez a mais fácil de lembrar seja o interlúdio de "Ren'ai Revolution 21" do Morning Musume.

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2. TSUKI TO TAIYOU (1º SINGLE - 21/04/1999)


O primeiro single to T&C foi lançado em abril de 1999. Como foi marcante durante boa parte da existência do grupo, ele tem muitas influências do dance e R&B desse período, mas com algum vestígio de synthpop nas músicas.

A música parece fazer uso de instrumentos sintetizados, principalmente o baixo e a bateria. Apesar da grande maioria dos instrumentos serem sintetizados, eles tem uma sonoridade bem orgânica dentro da música. A sensação durante a maior parte do álbum é que ele foi pensado para uma pista de dança, e nesse sentido ele realmente funciona muito bem.

O videoclipe aproveita isso e faz um videoclipe totalmente dançante, usando uma pista de dança como base. Tudo isso, claro, com todos aqueles efeitos que eles adoravam colocar nos vídeos do H!P nesse período. Sério, o H!P as vezes parece alguém que acabou de aprender uma palavra nova e quer usar em toda oportunidade.

Eu não chamaria o videoclipe de marcante; a coreografia também não é especialmente boa, mas ele tem um lado caótico legal.  Por exemplo, em meio a todas essas cenas de dança temos meninas se beijando aleatoriamente e também um bebê. Esse bebê por muito se especulou ser filho da própria Kominato, que foi durante um bom tempo a única membro do H!P a ter filhos enquanto ativa, mas esse não é o filho dela.

O trecho inicial tem vocais das membros junto com o Banana Ice. Lembro de ele ter composto algumas coisas para o Morning Musume.

Todas cantam muito bem nessa música, mas quem tem os vocais principal é a Inaba Atsuko. Ela realmente entrega uma performance muito sólida, embora as outras não fiquem atrás. Talvez minha voz favorita do grupo seja de fato a da Kominato, que embora seja possivelmente a voz que menos se associaria ao R&B, ela consegue criar algo bem próprio dentro das músicas.




A música tem o nome "Lua e Sol", que é obviamente bem parecido com o nome do grupo em si. A letra não tem nada muito específico, como é o caso da maior parte do álbum. Ela fala sobre um relacionamento, no qual o eu-lírico não quer que acabe nunca, e que eles estejam juntos em qualquer momento, seja de noite, em dias de sol e nos dias solitários. 

Enfim, é uma boa música e o videoclipe é bacana, embora nada muito fora do padrão do H!P desse período.

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3. GATAMEKIRA (2º SINGLE - 23/06/1999)

Ah, uma coisa importe a mencionar sobre os single do T&C é que o ranking de vendas é quase o mesmo da ordem de lançamento. Todos singles venderam menos que o lançado anteriormente, com exceção do quinto single, que vendeu um pouco mais que o quarto. 

Apesar de não ser o single mais vendido do grupo "Gatamekira" é a música mais conhecida do grupo como um todo. Talvez tenha sido a única música a sair um pouco da bolha dos fãs de H!P.

Talvez você tenha se perguntando o que é um "Gatamekira", porque de fato essa não é uma palavra e nem uma expressão que eu já tenha visto. Acontece que ela é uma adaptação do que é cantado no refrão "Gotta Make It (Love)". Depois que você sabe dá até pra enxergar, mas antes é difícil.

O videoclipe de Gatamekira é consideravelmente melhor produzido do que o anterior. Ele tem uma edição muito boa e muito mais boas escolhas visualmente falando. Ele ainda tem os traços dos MV's das coisas da H!P desse período, o que não é uma coisa ruim só um traço em comum.

A música novamente tem um estilo bem pista de dança, mas ela é um pouco mais sensual do que a anterior em vários sentidos. O backing vocal talvez seja a parte mais lembrada da música, geralmente "Spend the Night Together" é como as pessoas acabam chegando a essa música.

Os vocais da Kominato são meus favoritos novamente, adoro como a voz dela difere das vozes mais encorpadas das outras membros do grupo. Mais do que a música anterior, essa música já tem uma identidade bem própria do grupo.

A letra dessa música é interessante. Porque apesar de não ser feita para ser muito profunda nem nada do tipo, ela tem um contorno um pouco depreciativo. Ele retrata, aparentemente, uma mulher com baixa autoestima mas que quer uma noite de diversão, e pra isso está disposta a oferecer... bem, o próprio corpo:

"Beijo incrível, apaixonado
Lábios, peito, dedos
Lágrimas, hábitos, palavras doces
Não pare com as mentiras
[...]
Se eu só tivesse um rosto mais bonito
Se você tivesse me amado
[...]
Eu te amo com todo meu corpo
Nós dois sabemos disso
Comparado com aquele garota do outro dia
Me abrace apertado com seu olhar penetrante
[...]
Me beije a força
Sorria só para mim
[...]"

E por ai vai.

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4. INTERLUDE 1 ~BREATH~

Como o próprio título diz, essa música é um interlúdio. Ela é instrumental, e as únicas coisas ditas são em uma ligação atendida, mas sem nada específico.

Não tem muito o que comentar, mas sabe o que essa música me lembra? Quando o tempo está acabando nas missões de Suzuki Bakuhatsu.

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5. BE COOL DOWN 

Essa música tem uma melodia excelente. Ela tem uma linha de baixo (que não tenho certeza do tipo) que dá todo o tom da música. A bateria também constrói grande parte do ritmo da música. Os vocais são relativamente simples, mas muito bonitos. 

A letra da música narra a visão de alguém que está em uma noite solitária, e que aparentemente teve uma decepção amorosa recente:

"Sozinha, olhando a noite
De uma janela alta na Baia de Tóquio
Sozinha, com lágrimas em meus olhos
Embora romance já não esteja mais na moda

Embora minha sala esteja vazia,
Eu aumento o volume dos meus fones
Eu não sei que música é
Mas de alguma forma, realmente me tocou

[...]"

Se tem algo que eu tenho que elogiar nessa música e em boa parte das músicas desse álbum, é que elas tem um tom bem atmosférico. É um pouco difícil explicar isso, mas você certamente já deve ter sentido isso de alguma forma; uma música que você imagina um cenário, um clima, ou até uma música que você sente que só deveria escutar em certas circunstâncias.

Essa música passa pra mim uma sensação de uma noite gelada. A letra, com o eu-lírico descrevendo uma janela em meio a noite, é bem próxima.

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6. HEY YOU! 

Se a música anterior era muito R&B, essa música se rende um pouco mais ao hip-hop. O refrão eventualmente volta a um território mais familiar para o grupo.

Apesar de elas cantarem juntas em vários momentos, quase sempre há uma voz mais distinguível. O instrumental trabalha com uma bateria bem marcada, com uma linha interessante de teclado em algumas partes. Elas fazem o backing vocal em vários momentos, embora elas mesmas não se arrisquem nas partes de rap.

Em geral, essa é uma boa música, com um estilo bem hip-hop, e com um pouco menos de R&B do que o resto do álbum. A presença mais forte na faixa é realmente do rapper Umedy. 

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7. INTERLUDE 2 -SOUL TRAIN-

Essa música é mais um interlúdio, então não tem nada de muito interessante. Na verdade eu diria que faz ainda menos sentido do que o primeiro interlúdio.

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8. MAGIC OF LOVE (5º SINGLE - 29/09/1999)


Esse single é um caso um pouco estranho. Se pensarmos no sentido de um single, faz sentido que essa música seja do jeito que ele é, mas na lógica de álbum, essa música não faz muito sentido. Ela tem um estilo musical completamente diferente do restante do disco.

Enquanto quase todas as músicas do disco estão em um território familiar do R&B e Hip Hop, essa música é bem similar as músicas dance do meio da década de noventa. Acho até que ela faria mais sentido no segundo álbum, como veremos mais adiante. O Tsunku, de fato, descreve essa música como um "número musical", e de fato, é isso que ela lembra.

Pessoalmente, admito que não sou um grande fã dessa música. Acho que ela não tem nada muito marcante, e acho que ela não é o tipo de música pela qual o grupo seria lembrado. 

Apesar disso, como as coisas não seguem uma lógica muito específica, aparentemente essa música desperta uma certa nostalgia nas pessoas. Ela foi tema de encerramento de um programa do Morning Musume ("Idol wo Sagase"), no qual as membros tentavam encontrar novas idols. Era um programa da madrugada, então deve ser uma nostalgia beeem específica.

Se tratando de nostalgia, quanto mais específica, mais forte. 

Apesar de as vendas não serem próximas dos três primeiros singles, ela foi melhor que o quarto single, que ainda vai aparecer no álbum.

Se for pra falar algo positivo; essa música realmente tem uma aura bem feliz. Ela é alegre e realmente dançante. Não é tanto para o meu gosto, mas entendo que há quem goste também. O Tsunku, de fato, sempre tentou fazer com que os grupos dele não tivessem apenas um truque. O clipe é igualmente feliz, e dançante, apesar de não ter nada muito especial para comentar.

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9. CHINMOKU

Após a side-quest feliz da última música, o álbum ainda vai para um território um pouco diferente, mas um pouco mais similar. Essa música adota muitos elementos de jazz, e as vezes lembra até um pouco bossa-nova em muitos sentidos.

A letra música é toda fracionada em frases bem curtas, e a música também é ritmada dessa maneira. Pessoalmente eu gosto bastante do que fizeram nessa música, acho que toda a parte instrumental e vocal funcionam extremamente bem - o instrumental é ótimo por si só.

Nessa música em específico, pela maneira como a letra é cantada, a voz funciona praticamente como um instrumento musical.

A letra inclui trechos como:

"Preocupação - um sorriso

T-shirt - batom

Linhas - Interrompidas

Piadas - Calmas

O sentimento dela - decadente

[...]"


Ótima música no geral

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10. UCHUU LA TA TA (3º SINGLE - 28/07/1999)


Essa música envereda para um lado um pouco diferente do single anterior (cronologicamente, "Gatamekira"). A música até lembra um pouco mais "Magic of Love", que mencionei destoar um pouco do álbum, mas com mais elementos do restante do álbum.

Ela lembra um pouco as músicas de dance europeias de alguns anos antes. Eu gosto dos vocais dessa música, embora não seja a música mais inspirada do álbum, acho que eles acertam principalmente no refrão da música. O refrão é realmente muito bom, e reouvindo a música algumas vezes para escrever sobre ela, acho que ela realmente tende a crescer conforme você ouve ela.

O videoclipe dessa música é uma loucura completa. Ele é quase todo gravado em um chroma-key, e alguém deve ter se divertido muito na edição, fazendo os membros viajarem o mundo todo, com cenários e visuais completamente aleatórios. Isso deixa o videoclipe até divertido eu diria. Não é muito comum ver John Kennedy em um clipe de idols, junto com foguetes e pirâmides do Egito.

Os visuais das meninas também parece ter sido escolhido completamente no aleatório.


Sério, não existe nenhuma coleção de prints que eu possa colocar aqui que possa realmente fazer justiça ao videoclipe.

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11. INTERLUDE 3

O terceiro interlúdio do álbum, e esse tem um diálogo ao telefone, narrado em chinês. Nada específico para comentar sobre esse interlúdio.

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12. SUNRISE

Essa música volta a um tema mais hip-hop, com alguns elementos de rock. Essa música parece algo que você ouviria na trilha de Subarashiki Kono Sekai. Isso é uma coisa boa.

Os vocais nessa música deixam a Kominato bem de lado, acho que porque as outras membros tem vozes mais ao estilo desse tipo de música. A guitarra dessa música é muito boa, mas o restante da faixa sofre um pouco com excesso de efeitos digitais. 

Outra coisa que acontece muito nessa música e durante boa parte do álbum, como acontece com quase toda inovação na indústria da música, ela usa demais a rotação que o aúdio estéreo permite. Várias músicas usam essas trocas de lado de forma exagerada - não me entenda mal, é bem possível usar bem isso e várias músicas o fazem, mas algumas vezes incomoda um pouco.

A letra dessa música tem uma história até interessante; ela fala de um casal que se encontra, imagina ser o destino e eventualmente descobrem serem muito diferentes, apesar de continuarem se amando. Alguns trechos que representam isso são:

"Meu homem ideal?
[...]
Boa aparência, alto
Nenhum defeito em particular
Parece ser uma boa pessoa
Até meus pais devem gostar dele
[...]
Nosso encontro, pura coincidência
Talvez o melhor encontro
O dia que nos encontramos
Fui convencida que era destino
[...]
Ele começa a reclamar sobre como
Fomos criados de forma diferentes
[...]
Diferentes gostos, hobbies diferentes
Nada absurdo, mas...
Aos poucos estamos nos afastando"

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13. EVERYDAY EVERYWHERE (4º SINGLE - 25/08/1999)


Essa música é uma balada bem remanescente do estilo do final dos anos noventa e tem uma sonoridade ótima. Acho que o T&C se encontra melhor no R&B no final das contas.

A Inaba Atsuko tem o leading vocal na maior parte dessa música, e de certa forma, da maior parte do álbum. A voz dela realmente tem uma sonoridade que combina muito com o gênero.

Até o videoclipe investe nesse estilo futurista que era bem comum de se ver em clipes do final dos anos noventa e começo dos anos dois mil. Sério, você pode ver clipes dos Backstreet Boys até Hikaru Utada e você vai ver esses cenários futuristas por todo lado - ou se não futuristas, especificamente com esse estilo clean-futurista, que eu não sei bem a origem.

O coro da música é especialmente bonito, e como já mencionei em várias outras músicas, eu realmente gosto das participações da Kominato nas músicas. Apesar disso, as partes mais técnicas das músicas ficam a cargo das outras membros, como a já mencionada Atsuko e da Ruru. A Miho também tem suas partes importantes na música.


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14. ENDLESS LOVE

Essa é a última música, de fato, do álbum.

Essa música volta para o estilo mais upbeat de "Magic Love", que como falei anteriormente, não é tanto do meu agrado. Essa ao contrário de "Uchuu", não se salva nem pelo refrão. 

Acho ela um pouco genérica e bem pouco marcante como um todo. Mesmo as performances das membros me parece só bem... regulares. Acho que tem outras muito melhores no álbum.

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15. FINALE

Só uma faixa de encerramento e não é nenhuma música específica.

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No geral, o álbum é realmente bom. Acho que algumas vezes ele se rende a algumas coisas que prejudicam um pouco a qualidade, embora já esperadas de certa forma, como por exemplo o pensamento de que "temos que enfiar esse single no álbum de qualquer forma, mesmo que não combine". 

Do ponto de vista comercial eu entendo. Do ponto de vista do consumidor eu também entendo, mas do ponto de vista de álbum musical não tem como dizer que isso não prejudica um pouco. 

O álbum vendeu razoavelmente bem, com cerca de duzentas mil cópias. Isso é consideravelmente mais do que vários grupos que são bem mais lembrados e populares - esse total de duzentas mil cópias é mais do que venderam todos os álbuns do Berryz Kobo juntos, por exemplo.

Apesar disso, o grupo atravessou um período turbulento após o album. O single seguinte "Marui Taiyou" não teve a Kominato, que foi escanteada por um período. Os motivos e as histórias são conflitantes, mas supostamente seria pela falta de habilidade dela pra dançar. 

No álbum (que está logo ai abaixo), uma nova versão incluindo a Kominato foi utilizada, porque ela eventualmente foi reincorporada ao grupo. Esse single também é oficialmente o último sob o nome "Taiyou to Ciscomoon", que foi mudado para "T&C Bomber". Segundo os membros, elas mesmas não sabem o motivo.

Apesar disso, nas reunions que tem acontecido desde 2008, elas tem utilizado o nome original do grupo.

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2nd STAGE (27/09/2000)


TRACKLIST:

1. HEY! MAHIRU NO SHINKIROU | 2. BE MY LOVE | 3. DON'T STOP REN'AICHUU | 4. AI NO KAISUU | 5. MATA YACCHATTA ~SHIBUYA DE ALL NO HI | 6. MARUI TAIYOU | 7. AISURU HITO E | 8. OFFICE LOVE | 9. GO GO TOKYO | 10. KAWAII HITO | 11. YES! SHIAWASE

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Talvez um comentário mais geral sobre esse segundo álbum é que quase tudo ao redor dele parece menos inspirado. A capa é bem menos bonita, quase uma foto aleatória que deve ter acontecido em um photoshoot qualquer. O título do álbum também é bem pouco inspirado.

Sério, o segundo álbum do Momosu chama Second Morning, mas pelo menos tem a ver com o nome do grupo.

01. HEY! MAHIRU NO SHINKIROU (8º SINGLE - 19/07/2000)


Essa música foi de fato o último single do T&C, e é a que fez menos sucesso dentre todos os singles, vendo cerca de dezoito mil cópias. 

Pode ser um pouco estranho sair do primeiro disco e entrar diretamente no segundo, porque essa música tem um estilo novamente bem diferente do restante do grupo. Eu já meio que sabia que esse álbum enveredaria um pouco mais para o dance pop da época - mas essa música não tem nada disso. Ao invés disso ela tem um ritmo árabe, um estilo bem mediterrâneo (sinceramente não sei o nome certo desse tipo de música).

Por algum motivo o Tsunku gostava bastante desse estilo. Ele já havia feito algo parecido em "Koi no Dance Site" no começo do mesmo ano, no Morning Musume. Acontece que aquela música era boa, ao contrário dessa que é no máximo bem mediana.

O videoclipe é até legal. Ele é bem simples e focado na coreografia, e não tem nada a ver com o estilo musical visualmente. Pelo contrário, lá estão elas de vestido brilhante, com o filtro verde do Matrix. Elas tem ângulo de câmera e um sonho. Sendo bem justo, as roupas são até bonitas.


Meu deus, como é difícil printar esse videoclipe. A câmera não fica parada mais de dois segundos na mesma cena. Se tem um lado positivo é que a Kominato parecia bem solta nesse videoclipe.

Ah, a letra. É sobre pessoas querendo se pegar, se você ainda tinha alguma dúvida.

Talvez seja um pouco triste que esse seja o último single durante esse período do grupo. Absolutamente nada marcante. 

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2. BE MY LOVE

Essa é a música que mostra que, de fato, o álbum envereda para um ritmo mais dance pop da época. É um pouco decepcionante no sentido de que isso não era novidade no Hello Project, e acho que nesse sentido ela não conseguiriam competir com os blockbusters da época no gênero.

A música tem um ritmo muito bom, destaque para a linha de baixo da música. É bem pop, e é um bom pop. Inclusive o responsável por essa linha é o músico Kono Shin, que é mais lembrado por ter feito algumas melodias bem icônicas pro Morning Musume ("Ai no Tane", "I Wish" e "Morning Coffe" para lembrar algumas icônicas).

Os vocais não tem nenhum grande destaque, mas isso é porque elas todas tem partes bem especificas, sem nenhuma delas ir muito fundo.

A letra retorna para um estilo um pouco mais íntimo, no sentido de relacionamentos. Ele fala de pessoas que se amam no trabalho, e como o papo deles se desenrola. A música tem um ar bem otimista na letra, enquanto a música passa um ritmo mais alegre - é um pouco diferente.

Não flerte comigo no trabalho
As pessoas vão começar a fofocar, viu
Por que não me levar para jantar?
Mesmo se fingir que é para trabalho
A próxima semana parece um futuro distance
Vamos falar sobre hoje a noite
Você é mais lento que parece!
Mas isso tem seu charme...
[...]

O rapper Umedy, já mencionado no álbum anterior, retorna nessa música e ele tem uma parte bem legal na música.

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3. DON'T STOP REN'AICHUU (7º SINGLE - 19/04/2000)

O penúltimo single até dá alguma impressão de que ele vai retornar para um estilo mais R&B, mas logo ele te mostra que o estilo desse álbum é de fato o dance. Esse também é o single de retorno da Kominato, após a ausência em "Marui Taiyou", situação que já comentamos lá em cima.

A música em si não é ruim, mas também não conseguiria dizer que ela é boa. Ela é bem pouco marcante, e acho que talvez a principal característica dessa segunda fase do grupo seja a perca do que fazia a música delas diferente das outras. Como já comentei, esse era realmente um campo em que elas não poderiam vencer.

Os vocais também são bem sem inspiração - bem padronizados. Talvez esforço calculado seja o que defina esse single. Tudo parece na medida, tudo parece demais no seu lugar. As linhas legais dos instrumentais duram pouco, embora tenha momentos realmente bons. Certamente a melhor coisa da música - por vezes ela me lembra trilhas de videogames do começo e meio da década. Sei que essa é um indicador bem aleatório.


O MV é bem simples. Mais uma vez um chroma-key, dessa vez com um vestido cor de guacamole, além cenas em lugares abertos. Alguém realmente gostava de efeitos aleatórios de cores nos videoclipes. 

Algo para achar legal é que eu gosto de ver idols em lugares públicos com pessoas comuns ao redor delas. Essas partes lembram alguns clipes dos anos oitenta. Alguns clipes dessa época tinham como premissa basicamente alguma idol famosa (ou nem tão famosa assim, no caso de algumas) andando pela rua no meio de pessoas comuns - isso bem antes de idols se tornarem seres mais mundanos nos anos dois mil - elas eram estrelas! Ou pelo menos algumas eram...

Bom mencionar que esse é o primeiro single (bem, só teve um após esse) em que elas se referem a elas mesmas como "T&C Bomber" ao invés de "Taiyou to Ciscomoon". 

A letra fala sobre atravessar os altos e baixos do relacionamento, e como o amor sempre acaba prevalecendo, como em:

"[...]
Haverá altos e baixos
Mas atravessaremos todos eles
Quando duas pessoas estão apaixonadas
É como se fossemos Adão e Eva do futuro
Todos os bons momentos, vamos compartilhar
Mesmo as lágrimas, vamos compartilhar
Todos os bons momentos, vamos compartilhar
[...]"


Não sei se ser Adão e Eva é uma coisa boa.

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4. AI NO KAISUU

"Ai no Kaisuu" talvez seja a primeira música que lembra um pouco mais o estilo do primeiro álbum. Um ritmo mais versado, com um vocal mais individual e uma letra bem mais trabalhada do que as anteriores. 

Ela pode soar um pouco melosa, e acho que está abaixo das boas faixas do primeiro álbum, mas é uma boa música no geral. Gosto da performance vocal.

A letra trata de como não percebemos alguns atos das pessoas devido a proximidade. Um jeito longo de dizer que só valorizamos quando perdemos algo.

"[...]
Foi um amor curto
Mas que aprofundou tudo
Nos víamos todos os dias
E antes que eu percebesse,
Meus dias de folga pareciam vazios sem você
Quando me apaixonei por você
Eu nunca notei, mas agora eu sei
Mesmo quando não podiamos nos encontrar,
Mesmo em meio ao trabalho
Mesmo na calada da noite
Você sempre atendia o seu telefone por mim
[...]"

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5. MATA YACCHATTA ~SHIBUYA DE ALL NO HI

Eu até gosto da performance vocal dessa música, mas ela é realmente bem esquecível no geral. 

Talvez a parte mais interessante seja a letra. Ela conta a história de uma garota que festou a noite toda em Shibuya e acordou atrasada para um date. E o que ela faz? Ela adota a estratégia brasileira do "agora já foi mesmo", para evitar a outra frase mais escatológica, e decide fazer as coisas no ritmo dela - e no fim, dar uma fingidinha de que estava com pressa.

Brilhante, tenho que admitir.

"[...]
Hoje é a noite toda em Shibuya!
Ah, eu fiz de novo...
Atrasada, atrasada, de novo...

Pulei da cama,
Ah não, eu fiz de novo!
Ele é tão pontual
Tão rígido com horários

Não importa o quando eu entre em pânico agora
Eu vou chegar cinco minutos atrasada
Então desisti
E decidi ir no meu ritmo

Na frente do espelho, colocando maquiagem
O coração de uma garota só quer...
Ser visto como fofo - mesmo que um pouquinho
[...]
Então, só para garantir
Vou fingir que estou com muita pressa
[...]"


E a música ainda narra o restante da aventura dela em um taxi. Sério, a música não faz justiça a essa letra.

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6. MARUI TAIYOU

"Marui Taiyou" é o único single do grupo com três membros, durante o curto período em que a Kominato saiu do grupo. Como mencionei anteriormente, cada um alega uma coisa, mas supostamente seria porque ela não conseguia acompanhar as outras meninas na dança. Essa história tem algumas contradições. A Kominato alega que chegou a participar do photoshoot do capa do single. 

"Marui Taiyou" é novamente dance, e mais uma vez lembra mais as outras coisas do H!P no período. Essa música é razoavelmente boa, os vocais são bonitos. O videoclipe é bem simples e basicamente mostra os membros cantando com várias trocas de roupa e penteado. Possivelmente seja o videoclipe em que a Atsuko está mais bonita.

Se você quer ouvir a versão original com três membros, você pode ouvir através do próprio single e do videoclipe, já que a versão do álbum possui as quatro membros. Essa versão também é a versão que aparece nas compilações do grupo. Não encontrei informações se ela foi de fato regravada ou se só a parte da Kominato foi incluída. Apesar de eu gostar bastante da voz da Kominato, admito que a versão com só três membros soa um pouco melhor.

A letra fala da mudança das estações, traçando paralelos com o amor. A letra é bem coerente com o estilo da música, que é bem doce.

7. AISURU HITO E

Após várias faixas que seguiam um caminho mais dance, essa música traz de volta de fato um estilo bem R&B. Talvez até mais que "Be My Love".

A música também tem um estilo mais misterioso, com uma melodia um pouco mais sombria. Os vocais são menos compartilhados, o que é uma pena comparado as boas faixas do primeiro álbum, mas a música por si só é muito boa.

A letra da música também tem alguns temas interessantes. Ela é primariamente sobre amor, mas principalmente sobre a confiança entre amantes:

"Vou te abraçar - não há nada para duvidar
Vou te perdoar - você não tem que carregar tudo isso
[...]
Vou te entender - diga qualquer coisa que passar pela cabeça
Vou te entender - faça o que quiser
[...]
Em todas as pequenas coisas
Você pode colocar o seu próprio tipo de amor
Mesmo um leão, que caminha através do continente
Não pode escapar a sua própria solidão
[...]"

Gosto bastante dessa letra. E acho que o estilo vocal faz bastante justiça a forma como ela é expressa. 

Candidata a uma das melhores do álbum.

8. OFFICE LOVE

Mais namoricos no escritório?

Essa música lembra muita coisa da época dela, sendo uma música romântica com um estilo bem comum na virada do século. Algo que você veria a Suzuki Ami fazendo. Talvez até algum artista da H!P.

Ela é decente. Não é especificamente boa, nem ruim. Acho uma pena que essa música também tem bem pouca distribuição dos vocais. 

Sim, a música é sobre amor - e começa com amor no escritório.

9. GO GO TOKYO

Falando em músicas diferentes, aqui vai mais uma. Acho que a descrição correta é: aqui vai uma bem esquisita.

Sério, eu estou meio acostumado com álbuns de idols e sei que eles acabam meio que por natureza tendo que atirar para todo lado. Então no mesmo álbum você encontra coisa bem diferentes e que muitas vezes não funcionam juntos. Acontece que o grupo até agora não tinha se proposto a fazer algo assim.

Essa música tem realmente cara de algo rejeitado do Minimoni.

10. KAWAII HITO

Voltando um pouco mais a normalidade, essa música ainda tem uma atmosfera mais alegre, mas ela faz algumas coisas melhores.

Ela tem bastante distribuição dos vocais e o instrumental da música é até legal. Acontece só que a música como um todo não funciona muito bem. Acho que ela não tem nada marcante sobre ela.

A música fala sobre um namorado meio desajeitado. A letra é até bonitinha, mas nada muito interessante.

11. YES! SHIAWASE

A música que fecha o álbum com uma certa coerência. Essa é uma música bem dançante e alegre, como boa parte do que eles tentaram durante o álbum.

A música e a letra falam de felicidade, ambas se complementam muito bem. Os vocais não estão entre os melhores do grupo, mas são decentes.

"Sim! Felicidade!
Certamente daqui para frente
Coisas divertidas vão acontecer
Nós teremos encontros importantes
Vamos dar as mãos!"

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Esse álbum é uma jornada

Primeiro porque embora ele compile coisas dos singles, é bem claro que em algum momento eles queriam mudar a imagem do grupo, e esse álbum é um amontado de todas essas tentativas. Acho que eles mesmo não sabiam onde queriam chegar, e nesse processo despiram o grupo de qualquer personalidade.

Eu falei isso algumas vezes e acho que vale repetir; lutando no campo dos outros, esse grupo realmente não tinha muita chance. É por isso que o primeiro álbum era tão mais interessante e tão melhor: ele não lembrava tantas outras coisas assim.

Acho que seria uma certa maldade dizer que o segundo álbum é ruim; se você leu você notou que eu não desgostei de tantas faixas assim, mas claramente ele não é um álbum muito coeso. Ele é um amontado de coisas diferentes, que sozinhas não são ruins, mas o problema é que grande parte também não é boa. No geral, ele é um álbum esquecível, algo que não se pode dizer do primeiro.

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EXTRA - (DISCO CLEOPATRA - 21/04/2024)


O grupo se reuniu algumas vezes desde que ele oficialmente se desfez em 2000, geralmente para concertos comemorativos. Porém em 2024 três das membros se reuniram sob o nome CISCO3 para o lançamento de um single digital - "Disco Cleopatra".

As membros que voltaram foram Kominato Miwa, Inaba Atsuko e Shinoda Miho, em conjunto com o grupo de dança team445 (que já fez coreografia com vários grupos atuais do H!P).

Sobre a música: Ela é bem ao estilo atual das coisas do H!P. Extremamente voltado ao estilo sintetizado de som que o H!P tem usado, que não é muito a minha, mas há quem goste. 

É legal ver elas juntas de novo, e também ver como elas mudaram com o tempo. O videoclipe é bem simples, basicamente só coreografia e cortes. Acho que no geral o resultado é mais para positivo.

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Obrigado por ler.