Acho que a Techi já tem músicas solo suficiente para fazer alguns comentários sobre elas.
Eu já vou antecipar a piada: Não, não é um post sobre o Keyakizaka46 inteiro.
Algumas dessas músicas eu já comentei sobre, então vou só pontuar algumas coisas gerais sobre elas. Você pode ler mais profundamente sobre elas nos respectivos posts sobre os singles em que elas estão contidas. Essas, claro, são músicas do período do Keyakizaka46 (até a data desse post eu fiz posts até o Futari Saison).
O segundo período é pós-graduação, ou melhor, saída do Keyakizaka46. Tecnicamente, é aqui que a carreira solo dela começa, mas ainda é um período um pouco confuso. Primeiro porque apesar de toda a turbulência do Keyaki, ela permaneceu na mesma agência do grupo (Seed & Flower) por mais um tempo, então havia uma certa continuidade e isso é percebido nos lançamentos da época.
Em algum momento próximo do drama de Roppongi Class, ela passou a fazer parte da coreana HYBE (sob o nome NAECO no Japão), que parecia querer algo mais específico para o mercado japonês. Parecia um casamento bom para os dois, apesar da HYBE ser um tanto infame entre alguns fãs de K-Pop pelo tratamento com certos grupos e artistas. Acontece que isso durou muito pouco, por motivos não exatamente conhecidos. Eventualmente ela se juntou a Cloud Nine, a mesma agência de artistas como a Ado.
Eu fico realmente feliz da Techi simplesmente não ter entrado em um buraco e desaparecido pós-Keyakiza46. Acho ela bem talentosa para desaparecer assim. Agora, ao menos, ela parece estar com uma boa frequência de lançamentos. É um pouco bizarro pensar que a saída do Keyakizaka46 já tem mais de cinco anos. Tudo bem que a pandemia distorceu o espaço-tempo, mas eu poderia jurar que passou bem menos tempo.
Claro, algumas pessoas podem chegar a conclusão de que a Techi foi uma decepção. Ela era a grande estrela do Keyakizaka46, e foi extremamente impulsionada pelo grupo durante a passagem dela por lá. Não vou negar, embora eu nunca tenha tido nenhum tipo de hate com a Techi, era bem frustrante pra quem gostava de qualquer outra menina do grupo. Apesar disso, eu acabei gostando mais dela com o tempo - acho que algum tipo de empatia com o drama todo que acontecia na época.
Talvez o tempo tenha soterrado um pouco do sentimento da época; durante os períodos de sumiço da Techi, uma simples aparição no Keyakitte Kakenai? era suficiente para ser o assunto da semana. Lembro de um episódio específico em que ela simplesmente aparecia sem sequer ser focada em nenhum momento, se me lembro bem era um dos episódios contra o Rei do Quiz, e isso era suficiente para ser comentado por dias dentro do fandom.

Parte disso vem do próprio produtor do grupo. Eu tenho minhas discordâncias com o Aki-P, e tenho a sensação de que ele não é uma pessoa que eu iria gostar muito a nível pessoal, mas não posso negar que ele certamente viu o nascimento de muitas estrelas. Além disso, ele é o produtor dos grupos que dominaram, por baixo, quinze anos das paradas de sucessos no Japão. E como ele avaliava a Hirate? Ele frequentemente comparava ela a lendária cantora Momoe Yamaguchi. Várias vezes em entrevistas diferentes.
Por mais que a comparação possa ser exagerada, em alguns sentidos eu achava que ele estaria certo; achei que a Hirate, assim como a Momoe, viveria a carreira intensamente e pararia bem cedo.
Por sorte nós dois estávamos errados nesse sentido.
Momoe parou aos 21. Pelo menos a Techi já chegou aos 23 em atividade.
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PERÍODO KEYAKIZAKA46
Durante o Keyakizaka46 a Techi teve algumas músicas solo, que vou comentar abaixo. Elas obviamente foram lançadas sob o nome do Keyakizaka46, mas são especificamente cantadas pela Hirate.
Yamanotesen (2016)
"Yamanotesen" foi lançada como parte do primeiro single do Keyakizaka46 - "Silent Majority".
Essa música tem um estilo bem diferente, e tem uma sonoridade de música bem proveniente de outra época. Eu sempre traço um paralelo entre essa música e a música "Seishun Amigo", bem famosa por ser o tema principal do drama "Nobuta wo Produce".
As duas parecem músicas de uma outra época, ambas com sonoridade bem anos oitenta. Nessa música os vocais da Techi ainda são bem incipientes, e sem nenhuma complexidade muito específica. Eu gosto da sonoridade de iniciante dela, ela tinha uma voz mais doce quando adolescente. Não é especialmente muito técnica, e como é de se esperar de uma garota que catorze anos, a voz dela ainda mudaria bastante.
O MV mostra bem o olhar penetrante da Techi, que já parecia bem acostumada com as câmeras. Visualmente ele bem agradável, com uma apresentação até bastante simples. Além disso, eu gosto da linha de violino bem sutil que acompanha toda a música.
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Shibuya Kara Parco ga Kieta Hi (2016)
"Shibuya Kara Parco ga Kieta Gi" fez parte do segundo single do Keyakizaka46 - "Sekai ni wa Aishika Nai".
Talvez seja justo dizer que a voz que nós conhecemos da Techi começa nessa música. Visivelmente mais técnica vocalmente, essa música tem uma performance vocal bem sólida por parte dela. Além da música ser legal por si só, mesmo com todas as repetições. Diria até que a repetição te faz lembrar bem do refrão dessa música.
Essa música tem uma quantidade razoável de variações vocais, e embora a voz possa ter mudado um pouco desde então, o timbre que ouvimos em Shibuya Parco é extremamente parecido com o que ela usa até hoje.
O videoclipe de Shibuya Parco também é bem legal, e usa bem o olhar penetrate que ela tem. Além disso, essa roupa é linda e tivemos a oportunidade de vê-la sendo usada algumas vezes - a mais famosa delas no Keyaki Kyowakoku de 2017,
com a lendária entrada de moto.
Essa música acaba se tornando uma raridade na discografia da Hirate, que não tem muitas músicas com esse estilo mais rock. Eventualmente a discografia envereda para um lado mais melódico e eventualmente mais eletrônico. Uma pena, porque ela manda muito bem nessa música.
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Hohoemi ga Kanashii (2017)
"Hohoemi ga Kanashi" faz parte do quarto single do Keyakizaka46 - "Fukyouwaon".
Por isso, decidi usar essa música que é talvez a primeira com um tom mais melódico, e diria até mais inocente. Essa música tem uma sonoridade bem agridoce - ela é cantada em um tom um tanto inocente, mas a música fala um pouco de tristeza, sobre duas amigas que gostam da mesma pessoa e se solidarizam pelo fato de que uma delas vai terminar sozinha.
Essa acaba sendo uma das poucas músicas da Techi cantadas dessa forma. Esse tom mais "idol' e "sonhador" é bem raro de se ver daqui pra frente. As vezes tenho a impressão de que essa está mais para uma música da Neru com participação da Hirate do que o contrário.
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Jibun no Hitsugi (2017)
"Jibun no Hitsugi" é uma música exclusiva do álbum "Masshirona Mono wa Yogoshitaku Naru".
Daqui pra frente na "Era Keyakizaka" é só música de sofrência e dor. O título da música já é bem sugestivo - "Meu Caixão". Sim, caixão no sentido de paletó de madeira mesmo.
A música é realmente cantada de uma forma bem dolorida, já que de fato ela narra a história de alguém que está pensando na própria morte, e que se culpa por acreditar no amor em algum momento:
[...]
Há algo como amor verdadeiro?
Os que acreditam nele são os culpados
A buzina estridente dos carros passa por mim
A apatia toma conta da cidade pela noite
Então não irei chorar
Estou fazendo os preparativos
Para o meu próprio caixão
[...]
Pouco a pouco, meu coração
Está morrendo lentamente
A performance da Hirate nessa música é realmente bem impressionante Nas partes em que ela está contando a história, a voz é mais controlada e suave, enquanto nas partes onde o eu-lírico fala da sua apatia e apreço pela morte, ela canta de forma de dolorida, como alguém de fato machucado. A letra dá a entender que parte desse sentimento é uma decepção amorosa.
Por isso, acho que essa é uma das melhores performances dela até então, e mostra bem a versatilidade que ela tem na voz. Essa música ficou relegada a ser uma faixa inédita do álbum, e acabou sendo uma música pouquíssimo usada, que é o custo de se fazer músicas solo em um grupo idol com mais de vinte membros.
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Yoake no Kodoku (2018)
"Yoake no Kodoku" é uma música do quinto single do Keyakizaka46 - "Glass wo Ware".
Essa música é uma daquelas feitas para ser performada só com voz e piano, aquela coisa linda e lúdica. Todo mundo parece o Elton John fazendo isso. Acontece que essa música é só bem chata mesmo. Acho que ela de fato cai demais nesse estereótipo de música feita pra ser bonita, e acaba sendo só bem vazia musicalmente.
A letra é sobre alguém convivendo com solidão, e que possui o desejo comum de simplesmente desaparecer. Acho que a música não passa muito bem esse sentimento da letra, que por si só é até bonita.
No que toca a performance, a Techi vai bem embora seja um tipo de vocal bem normal. Não tenho nem muito o que dizer dessa música.
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Kado wo Magaru (2018)
"Kado wo Magaru" foi feita para o filme "Hibiki", mas eventualmente foi lançada no álbum final do Keyakizaka46 - "Eien Yori Nagai Isshun".
Essa música é uma das minhas favoritas. Mais uma vez, essa música tem uma letra bem soturna, mas ao contrário de Yoake essa música é verdadeiramente boa. Eu gosto bastante do filme "Hibiki" e acho que a Techi fez um trabalho ótimo com a personagem, e essa música é uma coroação desse bom trabalho, sendo tocada no encerramento do filme.
A letra da música fala sobre "normalidade" e o que isso pode significar. Ela tem algumas passagens bem emblemáticas que são boas por si só, mas também falam muito do personagem que ela interpreta:
[...]
Achei que não teria ninguém nesta noite
Porque tem pessoas passando por esse beco?
Pensei que teria a insônia só pra mim
Estou desapontada que ela não pertence só a mim
[...]
A música retrata bem esse sentimento, bem comum, de achar que só nós temos certos problemas. Isso não significa que eles são fáceis. Não confunda.
A performance dessa música tanto vocalmente quanto no videoclipe é extremamente bonita. A única performance ao vivo que me lembro dessa música é como a última música da performance do Keyakizaka46 no Tokyo Dome em 2019. Alguns diriam que é melhor nem lembrar - a situação toda é bem triste, com a Techi sendo praticamente empurrada pro palco para fazer essa última música.
Descontando tudo isso, a música ainda é muito bonita e a performance é excelente como um todo. Embora ela não seja vocalmente tão complexa, ela é toda perfeita em tom e variação. Certamente uma das melhores performances da Yurina.
PERÍODO SEED & FLOWER
Após sair do Keyakizaka46, a Hirate acabou ficando por um tempo na Seed & Flower, mesma agência do Keyakizaka46. Esse período durou cerca de dois anos e rendeu dois singles - até a saída dela para a NAECO (Hybe) em 2022.
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Dance no Riyuu (25/12/2020)
Acho que antes de começar a falar do que de fato é a carreira solo da Hirate, acho que é bom mencionar algumas coisas sobre esse período extra de mais de dois anos na Seed & Flower.
Se você me perguntar o porquê ela continuou na agência, eu não faço a menor ideia. Acho que ao fim da passagem do Keyakizaka46 ela tinha tudo pra ter saído e acho que todo mundo daria razão para ela. De alguma forma, porém, ela foi convencida a ficar (ou talvez tivesse um contrato muito específico).
Ao mesmo tempo, se você me perguntar sobre a qualidade do material que deram pra ela, eu diria que foi um período até bem produtivo. Ela fez parte do elenco principal de Dragon Zakura 2, que é um ótimo drama, e também estrelou em outros dois filmes: The Fable 2 e Sankaku Mado, que também são filmes legais, com papeis com certo destaque.
E o single de estreia não poderia ser musicalmente melhor. Acho que essa é a melhor música até agora na voz da Techi (ao lado de "Kado wo Magaru"). Eu adoro essa música e ela realmente está sempre nas minhas playlists de indicação. Ela tem uma energia incrível, e quando acompanhada do videoclipe, ela tem um salto ainda maior de qualidade.
O videoclipe lembra muito um confronto. As roupas e o inimigo do videoclipe têm uma aparência xamânica, e a coreografia dessa música é surreal de bem feita. Musicalmente ela encaixa muito bem com o clipe e acho a performance da Techi muito sólida, tanto vocalmente quanto na coreografia, que é bem complexa e enérgica.
Não desabonando o que veio depois, mas esse era bem o estilo que eu gostaria para as músicas da Techi. Infelizmente acho que nem quem produz ela e nem ela concorda muito com isso.
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Kakegae no Nai Sekai (24/09/2021)
O último single digital sob a bandeira da S&F. É um pouco difícil falar dessa música sem cometer nenhum anacronismo.
Na época as pessoas tinham uma imagem da Techi muito séria e até um pouco depressiva. Ela até menciona em alguma entrevistas,
como a que comentei aqui, que ela é bem facilmente mal compreendida. Acho que por muito tempo essa imagem foi interessante de vender, mas acho que em algum momento isso passou um pouco do ponto até pra ela. Para os fãs, naquela época, todo mundo queria uma música um pouco mais feliz.
E eles realmente fizeram uma música feliz. Com a Techi flertando, sorrindo, com roupas coloridas, uma coreografia alegre e tudo mais. Eu não tinha gostado tanto da música na época, mas com o tempo passei a gostar um pouco mais.
Ainda acho que isoladamente a música é mediana, mas com o videoclipe ela é bem divertida. Inclusive nessa música (assim como Dance no Riyuu) a Techi é creditada na composição, embora não seja claro qual foi o papel dela na composição da música.
É legal que ela tenha uma música assim entre as músicas dela, embora um rompimento quase completo com esse estilo tenha acontecido após a troca de agência.
Dito isso, vale pelo sorriso.
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PERÍODO NAECO (HYBE)
A passagem pela Hybe parecia promissora em alguns sentidos. Por um lado, a Hybe tem uma má fama entre os fãs de K-Pop pelo tratamento de alguns artistas. A Techi foi a primeira artista da nova empreitada deles no Japão, sob o nome de NAECO. Parecia a tempestade perfeita, na medida do possível. Agência nova querendo entrar em um mercado grande, com uma artista promissora.
E foi só isso mesmo - especulação. Durante esse período a carreira de atriz ficou melhor representada do que a carreira musical, mas olha, não é como se tivesse sido muito boa em nenhuma das frentes.
Zetsubou no Megami (12/03/2024)
O primeiro trabalho musical foi uma música para um jogo mobile da própria Hybe, com o nome de "Knights of Veda".
E meu deus...que música horrível. O instrumental tem aquele aspecto de "trailer-épico-mobile-pro-ad-do-youtube" com um vocal jogado em cima. Nada combina nessa música.
Certo, a Hiratechi vestida de personagem é até legal, mas acho que nada mais salva nisso tudo. Sem dúvida a música que eu menos gosto dentre todas.
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PERÍODO CLOUD9
Essa é a atual agência da Hirate até a data de publicação desse post, desde de Setembro de 2024. Muitas dúvidas existiam sobre como seria a carreira dela após entrar nessa agência, que embora tenha conseguido êxitos artísticos (a Ado sendo o principal até agora), não é uma das maiores agências de talentos atualmente.
Algumas coisas já podemos concluir, baseado no que vimos até agora: Há um foco bem maior na carreira musical. Os lançamentos musicais estão mais frequentes e o nível de produção tem sido bem satisfatório. As músicas, bem, já vamos falar delas - mas acho que o saldo é positivo também.
bleeding love (16/10/2024)
Ah sim, antes de falar da música é bom mencionar que aparentemente alguém na Cloud9 acha as mãos da Techi muito bonitas, porque elas aparecem em todas as capas dos singles dela até agora, desde de que ela entrou na agência. Vocês vão ver as outras capas ai para baixo.
"bleeding love" é uma boa música, e serviu para mostrar qual o rumo que eles tomariam agora na nova agência.
Não que as músicas anteriores também não fossem, mas essa música é bem pop. No sentido de que ela realmente lembra outras músicas que você vê hoje na Oricon. Acho que dá pra dizer que quiseram jogar bem no seguro - o tipo de música que você ouviria no rádio e acharia bacana, mas dificilmente procuraria o artista depois.
O videoclipe tem um ar bem artístico, embora não seja tão produzido quanto os do período da S&F. As coreografias foram abandonadas nesse período C9, e agora realmente a Techi realmente tem só cantado e atuado, sem dança (pelo menos coreografada).
Talvez seja uma decisão pessoal dela, visto que ela se lesionava frequentemente nos tempos de Keyaki, mas como fã é uma pena não a ver dançando mais como antes.
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bleeding love (11/12/2024)
Viu só? Mais lançamentos próximos.
Vou ser bem honesto que fui bem surpreendido com essa música, e acho que se esse for o caminho, acredito que vale a pena sacrificar algo tão legal quanto a dança. Essa música é verdadeiramente boa, e ela é muito bem complementada pelo videoclipe.
Ela conta uma história de duas garotas, aparentemente envolvidas em uma organização estilo máfia, que mantém algum tipo de relação proibida - até que o trabalho entra no caminho das duas, e se tratando de máfia, você já deve imaginar que tipo de trabalho.
Acho que ao contrário da música anterior que tinha aquele estilo de "quero ser atual", essa música realmente é uma música atual que as pessoas parariam pra escutar. Gosto bastante de como ela é cantada.
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Eeny Meeny Miny Moe (19/03/2025)
Apesar de não ser exatamente o tipo de música que eu normalmente gosto e escuto, eu acabei até que gostando mais do que o esperado dessa música. Digo, claro, sinto saudade das outras músicas, mas esse tipo de música eletrônica não me desagrada também.
É até difícil falar de vocais, porque nessa música a voz é muito mais um instrumento do que qualquer coisa. Eu nem fui atrás da letra dessa música, mas posso apostar que não deve importar muito. Apesar disso, eu gosto da voz bem texturizada que ela mostra em alguns momentos da música.
O videoclipe é bem maluco, bem visceral, quase psicodélico. Privadas jogando tinta pra cima e tudo mais. Era bem difícil imaginar a Techi em uma dessas anos atrás, mas a essa altura acho que quase todas as barreiras já foram quebradas. Essa é a garota que nos trouxe uma cena erótica antes de fazer uma cena de romancezinho antes (tirando aquele drama horrível com a Neru).
Ela está bem linda nessa música e o visual é todo bem bonito. Acho que dá pra dizer que esse clipe tem coreografia (inclusive feita pelo CR8BOY), embora seja bem minimalista - e serve mais pra acompanhar o videoclipe e os respectivos efeitos.
Dito tudo isso, é uma boa música no geral. Como disse, não é do tipo que eu costumo gostar, mas ficou bom.
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OS DRAMAS DA HIRATECHI
Eu vou falar bem brevemente dos dramas da Techi que eu vi até agora. Infelizmente ainda não terminei de ver Uchi no Bengoshi wa Te ga Kakaru (por protelação minha), mas aqui vai um breve comentário sobre os outros:
Tokuyama Daigoro wo Dare ga Koroshita ka? (2016)
Esse é o primeiro drama dela e do Keyakizaka46. Surpreendentemente, esse drama é verdadeiramente bom.
Ah ok, talvez bom seja um exagero, mas ele até que é um bom entretenimento. Ele é sobre uma classe, formada obviamente por todas as meninas do Keyakizaka46 até então, que encontram o seu professor morto dentro da sala de aula. Claro que a partir daí uma série de confusões acontecem e elas decidem esconder isso da escola, com medo de serem acusadas de serem as assassinas. Afinal, elas de fato não sabem qual delas matou o professor.
Sim, você já deve ter visto um filme com essa premissa. Apesar disso, é um drama bacana. A atuação da Techi ainda era bem amadora, como de todas as outras - e por isso acho que fica tudo mais ou menos nivelado.
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Zankokuna Kankyakutachi? (2017)
Se eles fizeram um drama bacana na primeira vez com todo mundo sendo completamente amador, na segunda vez com todo mundo atuando um pouco melhor, vai ser bem mais fácil, correto?
Esse drama tem duas coisas boas. A música de encerramento ("Eccentric", uma das melhores do Keyaki) e o uniforme que elas usam durante o drama, que é realmente muito bonito. Você pode considerar a hora que acaba como a terceira coisa boa, se quiser. Todo o resto desse drama é horrível.
Ele acontece em um mundo futurista onde as pessoas não se conhecem pelo nome, devido a políticas rígidas de privacidade. Ou seja, o oposto do mundo atual. Acontece que a sala de aula é uma espécie de reality show, onde elas precisam cumprir desafios e ganhar "likes" para poderem prosseguir para o próximo desafio, para escapar da escola.
Até parece interessante, mas é tudo bem ruim. Talvez tenha um momento ou outro de alívio cômico, e por talvez a sua idol favorita aparecer um tempo, mas no geral... é péssimo.
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Hibiki (2018)
Finalmente atores profissionais de verdade, né?
Esse filme é realmente muito bom, e eu gostei muito da interpretação da Techi da personagem principal. Primeiro que a caracterização, visualmente falando, ficou perfeita. A obra não cobre o mangá todo, mas faz um bom trabalho de adaptar a primeira parte dele. Infelizmente o filme nunca teve continuação, o que mudaria a visão que ficamos de alguns personagens visto certos acontecimentos do mangá.
Esse filme tem alguns atores bem renomados, como Oguri Shun e Keiko Kitagawa. A única coisa de verdade que me incomoda muito nesse filme é esse filtro amarelo que usam o filme todo. Eu queria só ver esse filme nas cores normais, por favor.
Apesar disso, a estrela é a Hibiki, que é um personagem bem intrigante. Intrigante é a palavra certa, porque ela não é, digamos assim, uma boa pessoa em muitos sentidos. Ela é uma aficionada por livros, e que acaba sendo agraciada por um prêmio de literatura mesmo tão jovem, pelo seu talento com a escrita. Acontece que ela é bem problemática, e o filme ocorre ao redor disso.
Eu realmente recomendo esse filme.
Ah sim, "Kado wo Magaru" vem desse filme aqui originalmente.
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Sankaku Mado no Sotogawa wa Yoru (2021)
Sankaku é um filme bacana também. Baseado em um BL que aparentemente tem um cult-following razoável e que recentemente teve um anime relativamente popular.
O filme não é excelente, acho que em alguns momentos ele não apresenta muito bem o que ele quer, e o ritmo dele é todo esquisito. A personagem da Techi se apresenta a princípio como antagonista, mas ela tem um arco próprio de mudança durante o filme. A atuação dela é bem legal nesse filme - sempre achei que esse olhar penetrante tinha que ser usado para o mal em algum momento.
Ah claro, a história é sobre um rapaz que vê fantasmas, e ele se junta com o exorcista interpretado pelo Okada Masaki para entender e solucionar essas aparições. Ele só não usa métodos muito ortodoxos.
Dragon Zakura 2 (2021)

Provavelmente o melhor drama da lista toda. Embora a Techi não seja exatamente a protagonista, ela faz parte do elenco principal dos alunos.
Dragon Zakura teve a primeira temporada em 2005, então acho que ninguém de fato esperava que ele fosse retornar do nada. O drama de 2005 tinha um cast bem famoso... mas meio por acidente. Exceto pela Nagasawa Masami, que tinha feito um filme de sucesso um ano antes e o próprio Hiroshi, os outros ainda eram relativamente desconhecidos.
A Aragaki Yui fazia um personagem que ninguém ligava e era zoado pelos próprios personagens por não ter função no drama. O Yamapi só foi fazer os seus hits (Kurosagi, Nobuta wo Produce e Code Blue) nos anos seguintes.
Se você não viu a temporada de 2005, acho que você está perdendo um pouco em ir direto para a segunda temporada, mas nada tão substancial assim. Talvez o que eu mais gosto é que o drama de 2005 ele tem a cara de 2005 e o drama de 2021 realmente tem a cara de 2021. Em todos os sentidos - estética, edição, direção, etc.
A Techi interpreta uma jogadora de badminton chamada Iwasaki, que é extremamente talentosa, mas é forçada ao seu limite físico pelas pessoas ao seu redor. Huh, já vimos essa história em algum grupo idol envolvendo alguém que conhecemos.
Veja, é muito bom.
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The Fable: The Killer Who Doesn't Kill (2021)
Esse filme é outra sequência. O primeiro filme também é bem bacana, também recomendo. As cenas de ação dos dois filmes são verdadeiramente bem feitas.
Nesse filme a Techi interpreta uma garota que ficou paraplégica após um acidente envolvendo o assassino protagonista do filme em uma de suas missões. Eu gosto da atuação dela nesse filme, porque é um papel bem diferente do usual.
Esse é o filme que tem uma cena erótica (que é um abuso na prática), que não é explícita nem nada do tipo, mas que foi um tanto comentada na época entre os fãs. Não teve nem um romancezinho adolescente antes - já foi direto pra isso aí.
O filme é bacana, embora seja extremamente simples. É um filme de ação que nem finge ser outra coisa. Sua chance de ver a Techi de cabelo longo.
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Roppongi Class (2022)
Admito que na época fiquei um pouco preocupado, porque eu lembrava vagamente que a personagem que a Techi interpreta nesse drama é meio odiada na versão Coreana do drama, supostamente por ser irritante.
Desculpe amigos fãs de K-Pop, eu tenho dificuldade de saber quando vocês estão exagerando.
Apesar disso, a série é decente. Acho só que ela avança um pouco devagar demais e alguns personagens não são tão interessantes. Na verdade, a personagem da Techi é o que há de mais interessante no drama. É o elemento do caos em meio a um monte de personagens sem muito sal.
Acho que esse drama vale a pena ver, embora tenha esses defeitos. O elenco também é bom.
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Obrigado por ler.